segunda-feira, 24 de abril de 2017

Em audiência em AIJE testemunha confirma captação ilícita de sufrágio

Investigação de compra de votos nas eleições de 2016 em Piraju

A última movimentação no processo registrada com data desta segunda-feira (24), dá conta de que a decisão final deve sair, possivelmente até o fim desta semana.
 
Prefeito José Maria Costa e o ex-prefeito Jair Cesar Damato
Na audiência da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) realizada na tarde de terça-feira (11), uma testemunha arrolada pela acusação confirmou a compra de votos da qual José Maria Costa e Fabiano Rueda Amorim foram acusados pelos membros dos diretórios do PMDB e do PT de Piraju. A ação, instaurada em 8 de dezembro de 2016, logo após as eleições daquele ano, investiga possível captação ilícita de sufrágio e pede aplicação de multa e pedido de cassação de diploma de José Maria Costa e Fabiano Amorim. Se a Justiça de Piraju encontrar provas suficientes nos autos que comprovem o ilícito, ambos perdem seus mandatos e uma nova eleição será realizada.
A primeira audiência da AIJE estava marcada para acontecer no dia 15 de fevereiro, mas foi remarcada para 10 de março por conta de um compromisso do prefeito José Maria Costa que viajou para Brasília. Em março, a audiência foi realizada restando ainda algumas pessoas para prestar depoimento ao juiz, o que aconteceu na terça-feira (11)
Após o depoimento da testemunha, tanto a defesa como acusação já apresentaram suas alegações finais no processo e o promotor de Justiça também já apresentou sua manifestação. De acordo como o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (24), o processo está agora nas mãos do Juiz Eleitoral de Piraju para decisão final. A decisão será em primeira instância e cabe recurso tanto para o diretório do PMDB e PT que apontaram a suposta irregularidade, quanto para o prefeito José Maria Costa e o vice Fabiano Amorim. Em caso decisão desfavorável, que não tem efeito suspensivo, o prefeito e vice aguardam o recurso fora do cargo e, nesse período o município é governado pelo presidente da Câmara Denilton Bergamini.
Sobre a denúncia de suposta compra de votos, o prefeito José Maria Costa já havia se manifestado em dezembro quando soube que seus adversários haviam ingressado com a ação. Á época, o prefeito atribuiu a denúncia a “pessoas inconformadas com a derrota” e que a denúncia é mentirosa.

Fogo cruzado
Na semana passada o ex-prefeito Jair Cesar Damato também passou a ser investigado por improbidade administrativa da obra de reurbanização da Orla do rio Paranapanema, próximo a Praça Benedito Silveira de Camargo (Brasilinha). Em ação apresentada pela advogada Marineide Tossi Borges e pelo prefeito José Maria Costa, representado a Prefeitura de Piraju, Damato é questionado sobre o pagamento de uma parte da obra que não foi concluída. Edélcio Pazini, ex-diretor de Engenharia da Prefeitura e a empresa Engiver também figuram como investigados.
Em sua defesa, o prefeito Jair Damato disse que, antes de deixar a Prefeitura pediu que o dinheiro fosse devolvido, mas não sabe por que só agora a ação foi apresentada. Para provar que tomou providências quanto às irregularidades no pagamento da obra e ressarcimento aos cofres públicos, o ex-prefeito apresentou três documentos. No primeiro com data de 25 de novembro de 2016, o arquiteto Pedro Belluci que havia voltada a trabalhar depois de voltar de uma licença, informou ao prefeito sobre a irregularidade. O segundo documento, datado de 29 de novembro, o então prefeito pede à Engiver, empresa responsável pela obra, que devolva o valor de R$ 118.960 mil pagos pela 4ª medição da obra que não foi concluída. Por fim, no dia 28 de dezembro de 2016, Damato envia uma notificação extrajudicial pedindo a devolução dos valores recebidos pela empresa.       
Depois destas medidas, o prefeito disse ainda que teria determinado que os advogados da Prefeitura ingressassem com uma ação competente cobrando os valores recebidos pela empresa, o que ocorreu somente agora.
Através da ação, a Justiça de Piraju deve investigar o caso e a responsabilidade do prefeito com agente político responsável pela administração do município. Caso seja verificada qualquer ato improbo do ex-prefeito de Piraju Jair Cesar Damato pode ter seus direitos políticos suspensos, o que o impediria de disputar eleições em Piraju.


Documento de libertação de duas escravas libertadas antes de 1888

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