Ex-presidente do PT já cumpre prisão no caso do triplex do Guarujá. |
A juíza Gabriela Hardt condenou Luís Inácio Lula da Silva a
12 anos e 11 meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no
caso do sítio de Atibaia,.
O petista foi condenado na acusação de ter recebido R$ 1
milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que está em nome de
Fernando Bittar.
O ex-presidente já está preso em Curitiba desde abril de
2018, cumprindo a pena de 12 anos e 1 mês determinada pelo Tribunal Regional
Federal da 4ª Região (TRF4), na primeira condenação dele na segunda instância
pela Lava Jato no caso do tríplex do Guarujá.
De acordo com denúncia do Ministério Público Federal (MPF),
o ex-presidente Lula teria recebido propina do Grupo Schain, de José Carlos
Bumlai, da OAS a da Odebrecht através da reforma e decoração no sítio em
Atibaia (SP).
A acusação apontou pagamento de propina de pelo menos R$ 128
milhões pela Odebrecht e de outros R$ 27 milhões por parte da OAS e, segundo os
procuradores, parte desse dinheiro foi usado em obras no sítio comandadas por
Mariza Letícia, esposa de Lula já falecida cujo valor totalizou R$ 1,02 milhão.
O MPF afirma que esse valor teria sido repassado a Lula pela
Odebrecht e a OAS custearam R$ 850 mil da reforma no sítio. Já Bumlai, amigo de
Lula, teria feito repasse de propina ao ex-presidente no valor de R$ 150 mil.
Ainda de acordo com o MPF, os valores repassados a Lula teria
sido contrapartida pela ajuda que o então presidente da república teria dado as
empreiteiras ao manter nos cargos os ex-executivos da Petrobras Renato Duque,
Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada, Nestor Cerveró e Pedro Barusco, que
comandaram boa parte dos esquemas fraudulentos entre empreiteiras e a estatal, descobertos
pela investigação da Lava Jato.