sexta-feira, 12 de maio de 2017

100


Cezar Mercury: Advogado e articulista político
Capciosa que é, a História põe termo ao império justamente quando se lembra da primeira centena da álgebra dos números árabes. Não entendeu prateada Leitora? Explico. 

Impressionante as coincidências da vida. Estes dias desfrutando de duas, de algumas das paixões da minha vida, qual seja,  estudando história com a minha filha primogênita, fomos pesquisar sobre Napoleão Bonaparte. Esse senhor originário da Ilha de Córsega, na sua estatura de 1,68m que sofria de ulceras estomacais, e que era um ambicioso pelo poder, trouxe a memória fatos corriqueiros, mas, mais que coincidentes com o momento atual no país.  
Mas voltando a centena acima, esse número emblemático é a raiz de muitos nomes, como Centurião, cuja o Capitão de um exército de 100 homens era conhecido. O caso do Macaco número 100 (teoria de Sheldrake), enfim o número, na linguagem moderna e informal, é usado (na forma decimal) para substituir a palavra "sem", geralmente com a função da preposição. Isso é bastante comum na arte do grafite em grandes centros urbanos. É também praticado no internetês. Alguns exemplos dessa expressão artística são: 100noção, 100vergonha, 100cabimento, 100pre etc...
Napoleão então General do exército real da França, havia sido aclamado Consul, após a queda da Bastilha em 1789, a degola do Rei Luís XVI, Maria Antonieta e por fim a queda de Robespierre e o fim do período do terror em 1795. Em 1799 Bonaparte, ambicioso que era, liderou um golpe de Estado depondo o Diretório (governo formado com a promulgação da Constituição Francesa 1795-1799). A era Napoleônica perdurou até 1814, quando o já Imperador Napoleão Bonaparte foi levado a abdicar do trono francês e exilado na Ilha de Elba no Mar Mediterrâneo. Mas voltando ao assunto (a prolixidade desse escrevinhador é dada a sua paixão pela história do mundo) o período conhecido como os Cem Dias (também chamado de Cem Dias de Napoleão ou Governo dos Cem Dias) marca o período do retorno do imperador francês Napoleão I ao poder, após sua fuga do exílio na ilha de Elba. Preso, Napoleão conseguiu fugir da prisão e ao retornar à França, foi saudado pela população com honras de herói. Retomou seu cargo de imperador e governou por cem dias, até ser derrotado na Batalha de Waterloo, e ser preso novamente. Napoleão foi exilado na Ilha de Santa Helena, onde permaneceu até a morte.
Daí essa marca de 100 dias, emblemática e que pode ser alvissareira ou levar o governante a derrota igual à Waterloo. Mas e a coincidência?! É nas barrancas do rio Paranapanema, tivemos governos que se auto exilaram-se em capitais, consultórios, fazendas e quadras, e ao retornar, foram aclamados pelo povo. Com todo respeito, mas a genialidade de Bonaparte, não pode ser comparada a nenhum estadista da história moderna, talvez Kennedy em sua curta e trágica carreira de Presidente dos EUA. Mas o autoritarismo napoleônico, esse infestou o mundo como uma praga, inclusive contaminou os antigos e atuais governantes de cidades das barrancas do nosso “Panema”. Nesses dias que os governantes cravaram 100 dias de seus governos municipais, deveriam repensar mais nas promessas de campanha, e nessa mea-culpa, deixarem a arbitrariedade e arrogância de lado, pois estão governo, e no poder que já é desgastante, podem ficar 100simpatizantes, 100comando, 100apoio, 100nínguem, 100votos, pois até agora vimos um governo 100conteúdo. Fiquemos, por ora, com a metade da infalível sabedoria popular: “não há mal que 100pre dure”.

CEZAR MERCURY

(Apaixonado por estórias e história) 

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