terça-feira, 15 de setembro de 2009

Evento


Chico "Fecapi" fala sobre a Festa do Café de Piraju


Caminhando para os 81 anos e comemorando o sucesso e a organização da FECAPI 2009, o prefeito da Estância de Piraju, Francisco Rodrigues, mostra que tem força pessoal e política para manter-se no cargo, contrariando as perspectivas dos pessimistas e adversários. Na abertura da festa deste ano ele declarou: “tenho mais três anos de mandato e pretendo cumpri-lo”.
Em mais uma edição de sucesso, a feira do café agigantou-se na região, com a mídia de outras cidades, espontaneamente, divulgando-a e elogiando-a. O jornalista Wilson Ogunhê, de Avaré, visitando a 25ª FECAPI, fez uma observação sintetizando um lado do perfil político do prefeito: “se já não fosse conhecido por Chico Pipoca, o prefeito de Piraju seria conhecido por ‘Chico Fecapi’”.
Defensor incondicional, o prefeito nutre um carinho especial pela FECAPI, por diversas razões. Acertadamente, ele sempre considerou a feira do café como um vetor de aceleração da economia local, especialmente da agropecuária e do turismo. Lembrando sua adolescência pobre, Pipoca sabe da importância de uma festa popular para lazer e diversão, “recarregando as energias para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, especialmente os menos favorecidos”.
Num momento em que a Prefeitura enfrenta uma queda na arrecadação e um violento corte de despesas, Pipoca formou uma Comissão Organizadora e deu força a seu presidente, o empresário Roberto Zanella, de tal forma que, em plena crise, levantou um volume histórico de patrocínios e apoios, com 100% dos shows de qualidade inquestionável.
Na quinta-feira, o prefeito de Piraju concedeu uma entrevista exclusiva à Folha de Piraju.

Folha- Como o senhor avalia a Fecapi 2009?
A FECAPI é um sucesso sempre. Como disse o Zanella, presidente da feira, o que acontece é que a cada ano que passa, nós temos a obrigação de melhorar a qualidade da FECAPI, aprendendo com os erros do passado. E isso foi feito e será sempre feito, pelo menos enquanto estiver nesta cadeira.

Folha- O senhor acha que a Fecapi deveria ter ingresso cobrado?
Laca, a quantia que a Prefeitura investe na feira é um dinheiro que dá retorno para o município, por causa dos negócios gerados, do incentivo à agricultura, à cafeicultura e à pecuária, assim como ao turismo, comércio e indústria. Agora, se for possível, no futuro, cobrando preço popular para um show, por exemplo, o poder público diminuir seu repasse para a feira, ficaria muito melhor para todo mundo. Mas nós sabemos que tem muitas cidades que estão caminhando para a cobrança das festas desse porte. E eu sei que é desgastante politicamente cobrar ingresso. É muito mais fácil ficar gastando dinheiro público com festas ou confete e agradar a população, mas arrebentar os cofres públicos.

Folha- Qual das inovações da feira 2009 que o senhor destacaria?
Olha, eu gostei das chamadas sobre o turismo de Piraju que tem sido anunciado no som dentro da feira e no palco. Acho que os visitantes podem ficar com vontade de visitar nossa cidade. É uma forma simples e barata de divulgar nossa cidade. Agora, as câmeras de segurança que a Polícia Militar fiscaliza o recinto é uma coisa muito importante, pois melhora a segurança de quem vem na FECAPI.

Folha- Como o senhor avalia a atuação do presidente da Comissão Organizadora, Roberto Zanella?
Eu acho muito positiva. A feira arrecadou uma quantia de patrocínio e apoio que nunca foi vista e isso significa que é possível fazer uma FECAPI com os melhores shows do momento, sem comprometer os recursos da prefeitura para a feira, pois eles são limitados. Mas é importante destacar também o apoio da Câmara, que em relação à FECAPI, acho que todos os vereadores consideram importante a realização da feira para a economia e o povo de Piraju e da região. Não podemos esquecer que o Zanella estava junto com o Rubinho de Oliveira, o José Ruiz e a estrutura e funcionários de vários Departamentos Municipais, que deixaram seus afazeres profissionais e pessoais para até mesmo amassar barro, literalmente, como diz o caboclo. Toda a comissão, de forma geral, merece elogios.

Folha- O senhor acompanhou a organização da festa, com controles mais rígidos nos camarotes, maior segurança e higiene da 25ª FECAPI. Ainda assim acontecem problemas com pessoas que não respeitam essa organização ou não se preocupam com a limpeza do recinto. Como resolver isso definitivamente?
Eu acho que é um problema de civilidade, que tem que ser resolvido com o tempo. Mas eu acho que foi coisa isolada nesta festa. Todos as pessoas que conversei elogiaram a ordem da feira e a sua qualidade, até a cerimônia de abertura da FECAPI foi muito elogiada. Então, acho que se ocorreu algum problema foi algo isolado, que sempre acontece mesmo. Mas deve partir de nós, a classe política, o melhor dos exemplos de respeito às regras em qualquer lugar, principalmente no caso de um evento desse tamanho.

Folha- Como está a situação financeira da Prefeitura hoje?
A situação de todas as prefeituras não é boa. Somente estão mais tranqüilas aquelas cidades que tem arrecadação própria muito alta, como Paulínia, lá onde tem uma refinaria da Petrobrás. Em Piraju, pagamos muitas dívidas de administrações passadas, de forma que, até agora, não temos muitas dívidas, mas também não temos uma reserva de recursos, pois toda a arrecadação dos últimos anos foi comprometida para pagar aqueles compromissos da Prefeitura gerados por outros prefeitos.
Para combater essa situação, lançamos uma campanha para devedores de impostos municipais ter algumas facilidades para pagarem suas dívidas. Veja bem, eu nunca concordei com esse Refis, mas é necessária esta ação, em virtude da crise que é muito grave, e olha, eu nunca vi uma crise de recursos públicos como essa.

Folha- O senhor vai deixar herdeiros políticos?
Tá muito longe a próxima eleição, mas herdeiros políticos sempre existem. São aqueles que sabem manobrar de forma a atrair o maior número de votos e cabos eleitorais possíveis para sua candidatura.
Folha- Numa escala de 0 a 10, que nota o senhor daria à sua equipe de assessores? Que nota o senhor acha que a população daria?
Acho que a equipe merece, no meu ponto de vista, .... E acho que a população deve dar uma nota menor, mas em todo lugar é assim. Se administrar a nossa casa ou o nosso negócio é complicado, imagine mais de 1.200 funcionários e um orçamento de quase 40 milhões.

Folha- Quando o senhor vai fazer uma avaliação dos atuais diretores?
Já estou fazendo e, como prometi, quem não estiver comprometido com o Plano de Governo poderá ser substituído. Não tenho medo de mudanças.

Folha- Quais conquistas o senhor pretende apresentar até o final do mandato?
Olha, vejo como uma conquista diária, a folha de pagamento em dia e os compromissos públicos em ordem, mas espero entregar ao próximo prefeito uma cidade com melhores índices de redução de mortalidade infantil, com a saúde melhorada, com destacados índices educacionais, com mais ruas e vilas recapeadas ou construídas, com mais casas e, principalmente, com um turismo e comércio mais fortalecidos. E mais eventos, vamos investir em eventos, precisamos disso, se possível em parcerias com comerciantes para dividir responsabilidades e diminuir os custos.

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