quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eleições 2010 em Piraju

Eleitores de Piraju e região
rejeitam Dilma no 1º turno


O resultado da eleição realizada no último domingo (3) mostrou a clara tendência de rejeição do eleitorado contra a candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) Dilma Roussef em pelo menos vinte e seis cidades, numa região que abrange cidades desde Bauru e Botucatu até Ourinhos e Itapetininga. Em quase todos os municípios analisados, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) conseguiu maioria de votos para seu candidato a presidência, José Serra, ao governo do Estado e ao senado. Foi assim no município de Piraju e também nas cidades de Bauru, Botucatu, Agudos, São Manuel, Avaré, Arandu, Itapetininga, Itapeva, Fartura, Taguaí, Ourinhos, Manduri, Óleo, Bernardino de Campos, Águas de Santa Bárbara, Cerqueira César, Ipaussu, Chavantes e Santa Cruz do Rio Pardo.
Na única cidade em que o PT foi unanimidade conquistando maioria de votos para seus candidatos ao Palácio do Planalto, ao Palácio dos Bandeirantes e ao Senado foi em Iaras. Neste município, Dilma, Mercadante e Marta Suplicy ficaram em primeiro lugar na votação. Já em Sarutaiá, Timburí, Taquarituba, Tejupá e Itaí, Dilma também foi a mais votada para presidente, mas os candidatos Alckmin e Aloysio Nunes levaram a melhor para governador e Senador, respectivamente.
Longe de causar estranheza, a derrota do PT na região é considerada comum o que leva muitos simpatizantes do Partido dos Trabalhadores a classificar o eleitorado como conservador. Entre as cidades citadas nesta matéria, pouca ou nenhuma é governada pelo partido do Presidente Lula.
A rejeição a Dilma não aconteceu somente por aqui. Em vários outros municípios do interior do Estado de São Paulo e de outros estados tidos como cinturão agrícola do país como Mato Grosso, Matogrosso do Sul, Rondônia, Paraná e Santa Catarina, Dilma também perdeu para Serra.
Nem mesmo a melhoria relativa da infraestrutura e da logística nos Estados do "cinturão agrícola", as três renegociações das dívidas rurais ou a agressiva política de subsídios nos oito anos de governo Lula foram suficientes para conter essa rejeição encontrada no interior do Estado de São Paulo e também nesses outros estados.
Aliados do governo acreditam que a baixa votação de Dilma Rousseff deve-se a algumas questões que ainda preocupam os produtores rurais como garantia da segurança jurídica no campo, alterações nas legislações ambiental, trabalhista, tributária, indígena e quilombola e ainda as ameaças de alterações radicais nos critérios para a reforma agrária e a revisão de índices de produtividade no campo.
Na campanha do segundo turno das eleições, nada garante que o PT vá conquistar a simpatia dos eleitores da região e conseguir votação significativa para Dilma. Além de ter que buscar uma estratégia eficiente para arrebanhar os eleitores de Marina Silva do Partido Verde (PV), o grande diferencial desse pleito, a candidata do PT terá também que provar para os produtores rurais que seu governo dará muito mais atenção ao setor agrícola que seu antecessor.

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