Cezar Mercury: Advogado e articulista político |
Capciosa que é, a História põe termo ao império justamente
quando se lembra da primeira centena da álgebra dos números árabes. Não
entendeu prateada Leitora? Explico.
Impressionante as coincidências da vida.
Estes dias desfrutando de duas, de algumas das paixões da minha vida, qual
seja, estudando história com a minha
filha primogênita, fomos pesquisar sobre Napoleão Bonaparte. Esse senhor originário
da Ilha de Córsega, na sua estatura de 1,68m que sofria de ulceras estomacais, e
que era um ambicioso pelo poder, trouxe a memória fatos corriqueiros, mas, mais
que coincidentes com o momento atual no país.
Mas voltando a centena acima, esse número emblemático é a
raiz de muitos nomes, como Centurião, cuja o Capitão de um exército de 100
homens era conhecido. O caso do Macaco número 100 (teoria de Sheldrake), enfim
o número, na linguagem moderna e informal, é usado (na forma decimal) para
substituir a palavra "sem", geralmente com a função da preposição. Isso é bastante comum na arte
do grafite em grandes
centros urbanos. É também praticado no internetês. Alguns
exemplos dessa expressão artística são: 100noção, 100vergonha, 100cabimento,
100pre etc...
Napoleão então General do exército
real da França, havia sido aclamado Consul, após a queda da Bastilha em 1789, a
degola do Rei Luís XVI, Maria Antonieta e por fim a queda de Robespierre e o
fim do período do terror em 1795. Em 1799 Bonaparte, ambicioso que era, liderou
um golpe de Estado depondo o Diretório (governo formado com a promulgação da
Constituição Francesa 1795-1799). A era Napoleônica perdurou até 1814, quando o
já Imperador Napoleão Bonaparte foi levado a abdicar do trono francês e exilado
na Ilha de Elba no Mar Mediterrâneo. Mas voltando ao assunto (a prolixidade
desse escrevinhador é dada a sua paixão pela história do mundo) o período
conhecido como os Cem Dias (também chamado de Cem Dias de Napoleão ou Governo dos Cem Dias) marca o
período do retorno do imperador francês Napoleão I ao poder, após sua fuga do
exílio na ilha de Elba. Preso, Napoleão conseguiu fugir
da prisão e ao retornar à França, foi saudado pela população com honras de
herói. Retomou seu cargo de imperador e governou por cem dias, até ser
derrotado na Batalha de Waterloo, e ser preso novamente. Napoleão foi exilado
na Ilha de Santa Helena, onde permaneceu até a morte.
Daí essa marca de 100 dias,
emblemática e que pode ser alvissareira ou levar o governante a derrota igual à
Waterloo. Mas e a coincidência?! É nas barrancas do rio Paranapanema, tivemos
governos que se auto exilaram-se em capitais, consultórios, fazendas e quadras,
e ao retornar, foram aclamados pelo povo. Com todo respeito, mas a genialidade
de Bonaparte, não pode ser comparada a nenhum estadista da história moderna,
talvez Kennedy em sua curta e trágica carreira de Presidente dos EUA. Mas o
autoritarismo napoleônico, esse infestou o mundo como uma praga, inclusive
contaminou os antigos e atuais governantes de cidades das barrancas do nosso
“Panema”. Nesses dias que os governantes cravaram 100 dias de seus governos
municipais, deveriam repensar mais nas promessas de campanha, e nessa
mea-culpa, deixarem a arbitrariedade e arrogância de lado, pois estão governo,
e no poder que já é desgastante, podem ficar 100simpatizantes, 100comando,
100apoio, 100nínguem, 100votos, pois até agora vimos um governo 100conteúdo. Fiquemos, por ora,
com a metade da infalível sabedoria popular: “não há mal que 100pre dure”.
CEZAR MERCURY
(Apaixonado por estórias e história)
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