quinta-feira, 11 de julho de 2019
Fosfoetanolamina volta a ser testada em humanos
Pioneirismo
O deputado estadual Ricardo Madalena é o pioneiro no Estado de São Paulo na luta pelos testes em humanos com a Fosfoetanolamina sintética. Ele foi o relator da CPI da Fosfoetanolamina na Assembleia Legislativa, que durou seis meses, sendo concluída em abril de 2018, e que revelou que os testes feitos pelo ICESP (instituto do Câncer do Estado de São Paulo) apresentava graves irregularidades e não seguiu as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O relatório final da CPI foi encaminhado ao Ministério Público. Em março deste ano, Madalena solicitou uma agenda com o presidente Jair Bolsonaro, que também apoia os testes com a substância.
Pesquisa
O objetivo da pesquisa com a Fosfoetanolamina sintética, segundo o diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), Prof. Odorico de Moraes, é observar qual a dosagem máxima do tratamento, verificar possíveis efeitos colaterais, além de realizar o estudo farmacocinético, ou seja, analisar em quanto tempo o fármaco é absorvido pelo corpo e quanto tempo continua circulando pelo organismo.
Todos os voluntários são sadios, entre 18 e 50 anos. Eles foram divididos em quatro grupos e cada um será acompanhado por 15 dias. As 12 primeiras pessoas receberam 500 miligramas do substância, a dosagem inicial do teste. Os outros passarão por dosagens maiores, com um máximo de três gramas. A próxima etapa, com um novo grupo, deve iniciar no começo de julho.
“Aqui encerramos nossa parte nos estudos da Fase 1 com a Fosfoetanolamina sintética, para o qual fomos contratados”, informa o professor.
A coordenação dos estudos é da professora Elisabete Moraes, coordenadora do Centro de Pesquisa do NPDM. As próximas etapas dependem de novos recursos advindos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, órgão financiador da pesquisa.
Pílula do câncer
Desde 2015 a UFC trabalha com a comissão nacional para realização de trabalhos pré-clínicos e clínicos sobre a Fosfoetanolamina sintética, principal agente da pílula do câncer. Estudos divulgados pela universidade em 2016 mostram a eficácia da substância sobre um dos tipos mais agressivos e resistentes a respostas do câncer de pele, o melanoma B16F10.
Administrando o fármaco em camundongos, foi possível conferir uma redução de 64% sobre o crescimento do tumor, um índice menor em relação aos verificados com o uso de outros agentes químicos em tratamento de câncer. Além disso, praticamente não houve o registro de efeitos colaterais significativos nos animais.
Os testes com a Fosfoetanolamina sintética já foram tema de discussão na Subcomissão de Fármacos da Câmara dos Deputados, com a presença dos pesquisadores da UFC. O grupo reiterou a importância de continuar a pesquisa em equipamentos públicos e de receber financiamento para exercer estudos para o desenvolvimento de fármacos.
Acompanhe o trabalho do deputado Ricardo Madalena aqui no site sobre a “Pílula do Câncer”, fazendo a busca com a palavra “Fosfoetanolamina”
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