segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Salários dos professores de Piraju estão acima da média prevista em lei




No início de 2009, os professores de Piraju tiveram o piso de seus salários equiparados aos dos profissionais da União com carga horária de 40 horas. Levando em conta o sistema de ensino de Piraju que é de 30 horas, mas  os salários são calculados acima desse patamar.






De acordo com a informação divulgada no site do Ministério da Educação, o piso salarial dos profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para 2020, passando de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24.
O reajuste do piso dos professores é regido pela Lei Federal 11.738/2008 que estabelece a referência inicial para as carreiras do magistério para jornada de 40 horas semanais. As demais jornadas calculadas proporcionalmente como no caso de Piraju onde o sistema de ensino a jornada é 30 horas.
O valor do salário de um professor da rede municipal de ensino de Piraju, se calculado por 30 horas, como prevê a lei, seria R$ 2.164,65. Entretanto, a Prefeitura estabeleceu regra diferenciada para o cálculo sem aplicar a proporcionalidade, beneficiando a classe e, hoje, um professor de Piraju, com jornada de 30 horas recebe R$ 2.825,43.

Isto significa que, desde 2009, os professores estão recebendo salários acima da média dos professores do País com jornada de 30 horas o que representa um ganho significativo para categoria. A Prefeitura tem mantido essa faixa de salário acima da média mesmo diante da redução dos repasses do FUNDEB ao longo dos anos, principalmente, de 2013 para cá.
A divulgação do reajuste de 12,84% do piso dos professores parece ter alimentado o desejo de alguns profissionais que talvez tenham se esquecido da forma diferenciada do cálculo feito pela Prefeitura de Piraju, especificamente, para beneficiar esses servidores e que vai continuar assim mesmo que as estimativas do FUNDEB não se concretizem como tem acontecido. 

Estimativas do FUNDEB não se concretizam

Apesar das estimativas otimistas de repasse do FUNDEB divulgadas no início de cada ano, os repasses dificilmente se concretizam e, hoje, o déficit acumulado do FUNDEB de Piraju em 2019 é de R$ 4,5 milhões. Essa situação já vem ocorrendo desde 2013, obrigando a Prefeitura  usar verba do tesouro para pagar os professores.
É exatamente isso que a Prefeitura de Piraju tem feito desde 2013 para manter o piso salarial dos professores, utilizando verba que poderia ser utilizada em outros serviços.  Apesar de a situação ter se complicado à partir de 2013, as estimativas de repasse também não se cumpriram em anos anteriores como em 2010 e 2012.

É fácil entender porque isso ocorre. A estimativa de repasse do FUNDEB é calculada de acordo com a previsão de arrecadação de recursos para o FUNDEB que provém das contribuições dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, somadas às complementações proporcionais da União, mínimo de 10% do valor depositado por estados e municípios. Vale destacar que São Paulo não está entre os estados contemplados com a complementação.
De acordo com a e revista Educação, que abordou a questão, já prevendo que a situação perduraria dali para frente, “o motivo da queda foi a diferença entre a previsão de arrecadação do FUNDEB calculada meses antes e a real arrecadação do Fundo.”
Concluindo, a maior parte do repasse do FUNDEB (60%) deveria ser usada somente para pagamento dos salários. Entretanto, toda a verba do FUNDEB (100%) repassada para Piraju nesses últimos anos, não foi suficiente para pagar os salários dos professores. Além de ter que complementar a verba para pagamento dos salários, a Prefeitura tem que usar verba do tesouro para custear outras obrigações da Educação de Piraju    


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