Rua do Distrito Industrial. CPI foi arquivada pelo placar de 5 x 4
Relatório de CPI deixa mais tenso clima entre Câmara e Prefeitura
A leitura dos dois relatórios da Comissão Parlamentar Inquérito (CPI) que investigou supostas irregularidades no asfalto do Distrito Industrial fez com que a relação entre o Legislativo e o Executivo de Piraju se tornasse ainda mais tenso. O primeiro relatório elaborado pelo relator da CPI Ronaldo Ferreira pedia o arquivamento da CPI, mas o segundo de autoria de Rubens Alves de Lima, que deve ser enviado para o Ministério Público, apontou indício de irregularidades nas obras de pavimentação das ruas do Distrito Industrial.
Após a leitura dos relatórios, o presidente da Câmara João Fernando José comentou a discrepância entre os dois relatórios dizendo ter ficado com a nítida impressão de que a CPI analisou dois fatos completamente distintos. João José fez questão de comparar o teor do relatório dos dois vereadores destacando que Rubens participou de todas as oitivas realizadas pela CPI ao passo que Ronaldo participou apenas de três. “Como é que um relator de uma CPI, responsável pelo relatório final, que faltou em cinco das oito oitivas faltou em cinco vai tirar os dados pra poder elaborar esse relatório (..) não consigo entender onde a defesa se baseou para pedir o arquivamento”, atacou o presidente da Câmara. O vereador Rubens também fez questão de manifestar seu desagrado com a conclusão de seus colegas pedindo que todo o material seja enviado aos Ministérios Público Federal e Estadual. João José afirmou que como cidadão pretendia enviar tudo o que foi apurado ao MP. Foi o que bastou para desencadear algumas medidas adotadas pelo prefeito.
Depois da votação apertada que aprovou o relatório do vereador Ronaldo Ferreira, o prefeito Francisco Rodrigues demitiu no dia seguinte Marcos Fernandez e Mariano Ribeiro, os dois únicos membros do PMDB que ainda participava da administração de Piraju ambos do departamento de Meio Ambiente, supostamente deixando o setor capenga momentaneamente. A demissão dos dois peemedebistas foi encarada pelo presidente da Câmara João Fernando José, que também é do PMDB, como retaliação do prefeito ao trabalho realizado pela Câmara.
Como se não bastasse, o diretor Administrativo Ronaldo Adão Guardiano, teria negado em primeiro momento, o pedido de licença prêmio do vereador Rubens Alves de Lima, direito assegurado ao servidor público por lei. Um estagiário de pouco mais de 14 anos, contratado pela Prefeitura para prestar serviço na Câmara quase foi afetado com perda do emprego caso não houvesse a intervenção do vereador José Carlos Brandini.
Ao tomar conhecimento das atitudes do prefeito, o presidente da Câmara lamentou a insistência do Chefe do Executivo em controlar o trabalho do Legislativo. Por sua vez, o prefeito quer que a Câmara dê mais apoio a sua administração.
Na semana passada, três assessores do prefeito Francisco Rodrigues estiveram reunidos com João Fernando José buscando entendimento entre os dois poderes. Segundo informações, o presidente da Câmara teria feito apenas uma reivindicação para trabalharem em harmonia. De acordo com os últimos acontecimentos, ou o pedido não foi aceito ou nem chegou aos ouvidos do Prefeito.
sábado, 6 de novembro de 2010
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