terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Turismo


Obras de reparo no prédio do Canto do Rio
não foram satisfatórias.



As obras de reparos realizadas no Receptivo Turístico Canto do Rio, após os estragos causados na estrutura do prédio por uma cheia recente do Rio Paranapanema, “não atendem satisfatoriamente as necessidades de segurança exigida para o local”. Pelo menos é isso que diz uma Certidão de Sinistro emitida pelo Corpo de Bombeiros de Piraju, expedido em 6 de abril de 2010, a pedido do concessionário Elias Roberto Medalla, logo após o término das obras. Essa certidão é o principal argumento usado por Elias para não voltar ao prédio de onde está afastado por cerca de dez meses. A informação veio à tona após a Prefeitura publicar um edital de notificação informando Elias Medalla que estava em andamento um procedimento administrativo contra sua empresa, visando à rescisão unilateral de contrato com a municipalidade. De acordo com o edital a empresa não estaria executando o contrato e não era encontrada no endereço fornecido. Nesta edição da Folha, a Prefeitura de Piraju publicou um edital rescindindo o contrato com a empresa de Elias Medalla e, através de um projeto enviado a Câmara esta semana, já se prepara para passar o receptivo turístico Canto do Rio para o Iate Clube de Piraju.
No início desta semana, Elias Medalla esteve na redação da Folha para dar sua versão dos fatos envolvendo seu contrato de concessão com a Prefeitura. Diante das informações sobre a inexecução do contrato por sua empresa e seu endereço dado como incerto, Medalla se defende dizendo que não está executando o contrato por falha da Prefeitura e que, para não ficar parado teve que se mudar para São Carlos em busca de trabalho, até que as obras fossem realizadas de acordo com as exigências de segurança. Em entrevista à Folha, o concessionário do Canto do Rio explica por que suspendeu as atividades de sua empresa momentaneamente.
Folha: Porque você saiu do prédio do Canto do Rio?
Elias: No dia 12 de fevereiro de 2010 uma placa de concreto do piso do Canto do Rio afundou pelo excesso de água que estavam invadindo o piso devido à enchente provocado pelas chuvas. Neste mesmo dia foi definido pela prefeitura através do Sr Jair Felix Damato e do comandante do corpo de bombeiro, que o local representava perigo para os freqüentadores e teria que ser interditado. Fui então transferido (a meu pedido) para o recinto da Fecapi, no Restaurante Panorâmico com a autorização da prefeitura e que ficaria naquele local até que as obras do Canto do Rio ficassem prontas.

Folha: A Prefeitura fez as obras que deveriam ser feitas no local?

Elias: Passados 45 dias fui chamado à prefeitura pelo Sr Guardiano me dizendo que os reparos tinham sido feitos e que eu já poderia voltar para o Canto. Espantei-me ao chegar lá e verificar que apenas taparam o buraco, feito uma “meia sola”, um quebra galho, um tapa buraco mal feito e percebi que não poderia voltar.

Folha: Então você não voltou?

Elias: Não. Mas, como ainda não tinha o documento do corpo de bombeiros liberando o local para ocupação, fui ate lá e pedi para que me fornecesse o documento de sinistro. Com toda a presteza o Sr. Marcos desceu até o Canto do Rio e após vistoria emitiu um laudo de sinistro na data de 6 de abril deste ano impossibilitando o seu uso.

Folha: Até então você estava provisoriamente no restaurante panorâmico da Fecapi. Porque você saiu de lá?

Elias: Treze dias após a emissão do laudo de sinistro o Sr prefeito municipal me notificou extra judicialmente dizendo que eu teria dez dias de prazo para desocupar o restaurante panorâmico e que voltasse para o Canto do Rio dizendo, que as obras estavam finalizadas. Então decidi que deveria sair do Restaurante Panorâmico e aguardar a prefeitura terminar realmente os trabalhos de recuperação do Canto do Rio, (conforme o combinado) o que não ocorreu e por meses assim ficou e até esta data nada foi feito. Agora estão dizendo que eu abandonei o local. Eu simplesmente não poderia voltar porque o prédio não oferece segurança para as pessoas que vierem a freqüentar o Canto.

Folha: Hoje, muitas pessoas que costumam freqüentar Rio Paranapanema, próximo ao Canto do Rio lamentam o abandono do prédio. Neste período de seu afastamento, quem tem a responsabilidade de zelar pelo local?

Elias: O abandono foi feito pela Prefeitura que tem as chaves de lá desde o momento em que saí até hoje. O Prefeito não cumpriu com a palavra empenhada comigo de consertar o prédio e agora estão querendo abrir uma nova licitação para o Canto do Rio, querendo passar por cima de um órgão fiscalizador da maior importância que é o Corpo de Bombeiros. Quero deixar aqui expresso a minha indignação por esta administração pública que fala muito e faz pouco.

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