segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Alto índice de faltas em consultas prejudica atendimento da rede pública de Saúde de Piraju

Foto. Internet. Falta a consulta prejudica tratamento
 do paciente ausente e atendimento da Rede de Saúde.

O alto índice de falta dos pacientes às consultas, exames e outros procedimentos ambulatoriais, tem prejudicado sensivelmente o trabalho de prevenção e tratamento de algumas doenças, bem como o atendimento médico dos usuários do Departamento de Saúde de Piraju.
De acordo com pesquisas feitas sistematicamente para melhorar o atendimento na Rede Pública de Saúde, o índice de faltosos que não informam sua ausência a exames e consultas variam de 10 a 20%, mesmo sendo avisados pelos PSFs. Este índice é ainda maior em determinadas especialidades.
Para se ter uma ideia a Prefeitura de Piraju oferece exames de mamografia, ultrassom, tomografia. Para cada 100 consultas marcadas, 20 pacientes não comparecem. No caso de consultas em especialidade como oftalmologia, por exemplo, o número de falta é ainda maior. Para cada 100 agendamentos, 50 pacientes não comparecem. Situação semelhante acorre com a ortopedia.
Mesmo diante desta situação, Piraju tem conseguido atender melhor a seus pacientes porque é o pioneiro no projeto de regulação de vagas no município e tem uma equipe que se desdobra para conseguir vagas para exames e consultas na regulação intermunicipal.

Com a regulação municipal, o Departamento de Saúde de Piraju consegue racionalizar os exames e consultas no município. E acontece assim: Para determinada especialidade, Piraju tem um determinado número de vagas que distribui para cada uma das nove unidades de PSFs do município. Se um PSF não utiliza todas as vagas que lhe são destinadas por falta de demanda, as vagas vão para um bolsão e fica disponível para outro PSF onde há pacientes que precisem.
Já na regulação intermunicipal, os servidores públicos do Departamento de Saúde ficam atentos à regulação intermunicipal que direciona consultas e exames para Piraju e para todos os municípios de sua circunscrição de saúde. Da mesma forma como acontece na regulação municipal, as vagas que não são utilizadas vão para um bolsão e os funcionários da saúde pegam as vagas para os pacientes de Piraju.
Para ilustrar há dois casos. O primeiro é o da especialidade de endocrinologia. A regulação intermunicipal disponibiliza para Piraju 2 vagas. Atentos ao sistema, os funcionários da Saúde de Piraju conseguiram agendar 10 consultar través do bolsão. Só que, infelizmente,  4 pacientes não foram as consultas agendadas.
O segundo caso é oftalmologia. Com 80 vagas disponibilizadas, Piraju conseguiu agendar 84, mas 22 pessoas faltaram.
Além de prejudicar o atendimento a população, os faltosos prejudicam a si mesmos. Segundo explicou a funcionária responsável pelo sistema de regulação, quando um paciente não avisa que vai faltar, não há como colocar outro paciente e seu lugar e a vaga de consulta ou exame se perde. Além disso, o paciente que não avisou é colocado no fim da fila para novo exame. Se ele avisa, é colocado na próxima vaga que tiver.


Funciona assim. Suponhamos que Piraju tenha 16 pacientes para fazer uma mamografia e o município tem apenas 8 vagas no mês. Uma determinada paciente consegue ser a terceira a ser atendida. Se ela não vai ao exame, e não avisa o Departamento de Saúde. Para fazer seu exame, ela vai para o fim da fila e passa a ser o décimo sexto a aguardar uma nova vaga.
Se ela avisar que não vai poderá ir, a situação é diferente. O Departamento de Saúde coloca em seu lugar o nono paciente que aguarda e ela fica em seu lugar aguardando.
O problema é que, quanto maior o número de pessoas que faltam aos procedimentos agendados e não avisam, aumentam não só tempo para conseguir uma consulta como atrapalha outros pacientes que estão aguardando e poderiam ter utilizado a vaga perdida. Não raro, são esses faltosos que reclamam por não concordar com as regras feitas para não atrapalhar ainda mais os pacientes mais conscientes.
De tão grave que é a abstenção dos pacientes, o Departamento de Saúde, junto com a Organização Social (OS), que administra os PSFs,  já está estudando uma forma de acabar ou pelo menos minimizar essa situação que tem prejudicado o atendimento à população. Vale o esforço dos servidores da Saúde, mas a conscientização dos pacientes e usuários da rede pública de Saúde, é igualmente fundamental e necessária para que serviço prestado seja eficiente.

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