sábado, 17 de junho de 2017

Ciúme de homem pode ter sido o real motivo da saída de Ortega

Não preciso de cargo para ajudar a administração
do prefeito José Maria: diz Ortega
Apesar de o prefeito José Maria Costa ter se manifestado pelas redes sociais dizendo que o motivo da demissão de Osvaldo Ortega foi contenção de gastos pela crise econômica, o real motivo pode ter sido a grande exposição na mídia que o diretor de Planejamento vinha conseguindo através de seu trabalho. Esta semana, em entrevista a duas emissoras de rádio de Piraju, o médico Osvaldo Ortega atribuiu sua demissão da prefeitura primeiramente a insegurança jurídica do prefeito quanto a incompatibilidade de dos cargos que ocupa na Organização Social (OS) que administra o Hospital de Piraju onde é responsável pelas internações e o de diretor na prefeitura de Piraju.

De acordo com lei um servidor público não pode receber salários pagos pela mesma fonte. Como A OS recebe mensalmente verba da Prefeitura para gerir o Departamento de Saúde do município. Como Ortega recebe um salário da OS e outro da Prefeitura, há o entendimento de que o médico estaria recebendo em duplicidade da mesma ponte pagadora. No entendimento de Osvaldo Ortega, isso não acontece porque, a lei só se aplica quando o servidor ocupa dois cargos de direção. “O meu cargo na OS onde estou há três anos não é de direção, apenas na Prefeitura ocupava cargo de diretor”, disse ex-diretor da Prefeitura.

Para Ortega, entretanto, este não seria o único motivo de sua demissão. “Ninguém sai por um único motivo. Quando sai alguém tem muita coisa envolvida”, vaticinou o médico de acordo com o clima que sentiu nos bastidores da Prefeitura. Enquanto desenvolvia seu trabalho na pasta do Planejamento um dos mais importantes departamentos da Prefeitura, principalmente nesta época de escassez de recursos, Osvaldo tinha a atribuição e avaliar, fiscalizar e potencializar os recursos do município o que incluía cortes em gastos que anteriormente andavam de rédeas soltas, por assim dizer.
Com base nisso, o ex-diretor de Planejamento entendeu que haveria um segundo motivo para sua saída causado pelo trabalho que vinha realizando e que pode ter tomado dimensões políticas e, também, pela proximidade com o prefeito, o que não foi muito bem digerido por alguns de seus colegas que viram no médico um potencial candidato para as próximas eleições. Nas entrelinhas da entrevista que concedeu às rádios Paranapanema e Eduvale FM, muita gente entendeu que Ortega pode ter detectado ciúme de homem em pessoas interessadas na eleição de 2020 que se movimentaram para sua saída.

“Tem departamento que tem mais evidência em detrimento de outros. Ninguém se sobressai impunemente. O planejamento é uma área muito importante dentro de uma administração. Por estar sempre com o prefeito cria-se atritos e várias arestas. Um fala uma coisa aqui, outro faz outra coisa lá. As pessoas começam a pensar coisas que não existem. Talvez está aqui, mas pensado na próxima eleição. Eu não tenho nenhuma pretensão política”, disse Ortega em entrevista a rádio Eduvale FM.
Sobre sua saída o médico disse ainda que não precisa de cargo para ajudar seu amigo José Maria Costa, mas não entendeu porque o prefeito se preocupou em apresentar explicações para sua demissão. Para Osvaldo, a demissão de um cargo comissionado é uma coisa muito natural.

“A melhor justificativa é dizer achei que tinha de mudar. Não precisa dar desculpas. Não é questão de dinheiro. O cargo é de confiança e não precisa dizer que desconfiei. Ele é o chefe o Executivo. É ele quem vai responder”, concluiu Osvaldo Ortega que só lamentar não poder concluir o planejamento do real orçamento da Prefeitura que tinha iniciado.

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