Carlos Fortner, presidente dos Correios confirma fechamento de agências em todo País.
Agência dos Correios de Piraju |
O presidente
dos Correios, Carlos Fortner, confirmou na manhã desta segunda-feira (7) o fechamento
de agências dos Correios em todo o País conforme notícias que começaram a ser
veiculadas em 2017. Em entrevista à
rádio Gaúcha, Fortner disse que haverá um "redesenho" de toda a rede
de atendimento da empresa, e que existe uma lista de fechamento de unidades, mas que ainda não há um número definido.
De acordo com
matéria veiculada na edição de sábado (5), do jornal O Estado de S. Paulo, a
diretoria da empresa teria aprovado em fevereiro, em reunião sigilosa, proposta de
fechamento de 513 agências e demissão de servidores.
Esse número
não foi confirmado por Fortner que disse, entretanto, haver uma lista de agência e que
cada uma passará por uma análise. Somente depois, haverá a definição de seu
fechamento ou não.
“Existe uma
lista que está sendo examinada. Ela vai passar por mim pessoalmente e terá que
apresentar uma justificativa para me convencer que a agência seja fechada. Um
exemplo são as agências "sombreadas", quando há mais de uma atendendo
o mesmo público”, explicou Carlos Fortner.
Sobre demissões
de funcionários, o presidente do Correios afirmou que ainda não há uma
definição, mas não descartou a possibilidade de que haja um plano de relocação e, posteriormente, um pano de demissão. A matéria do jornal O Estado de
S. Paulo, diz que a empresa estaria planejando demitir cerca de 5,3 mil
funcionários que trabalham nesses postos.
“É
inevitável que, na hora do remanejamento do pessoal, dentro do projeto de redesenho
do atendimento para ampliar cobertura e melhorar o serviço, se o pessoal que
trabalha em uma agência que deixa de existir não se enquadrar em uma relocação,
isso gera um prejuízo. Se houver um excedente de mão de obra, evidentemente vai
passar por um plano de demissão disse no programa”, disse Fortner que não concorda
com os boatos de que a empresa de Correios e Telégrafos do Brasil esteja enfrentando
uma crise de credibilidade.
“Existem
diversas reclamações como em todo tipo de empresa. Mas é uma instituição que
ainda tem credibilidade, apesar de termos problemas de qualidade. No final do
ano passado tivemos acréscimo de demanda maior do que tínhamos projetado, mas
já estamos com os índices no verde. (...) A empresa está em franca recuperação.
Foram tomadas medidas administrativas bastante sérias e a sociedade terá uma
grande surpresa com apresentação do balanço deste ano”, concluiu o presidente da
empresa.
Em relação a
agência dos Correios de Piraju, segundo apurou o jornal Piraju Regional News, ainda
não há informação se está na lista das agências que serão avaliadas. Cabe
salientar ainda que, a julgar pelo critério para avaliação, Piraju deve
continuar com a agência que atende a vários municípios menores da região.
Entretanto, ainda não há nada garanta o fechamento ou manutenção da agência.
Em relação a
matéria veiculada pelo jornal O Estado de São Paulo, a empresa enviou nota a
redação
A respeito
da nota publicada na Coluna do Estadão neste sábado, 5, os Correios esclarecem
que a empresa vem realizando estudos pormenorizados de readequação de sua rede
de atendimento, o que inclui não apenas a sua rede física de atendimento como
também novos canais digitais e outras formas de autosserviços.
Busca-se com
isso não apenas a melhoria na qualidade e na experiencia do cliente, mas também
maior eficiência na cobertura de mercado e a necessária racionalização de
custos.
Frise-se que
estes estudos são, inclusive, acompanhados pelo Tribunal de Contas da União,
pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e pelo
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Dentre os
objetivos deste projeto está contemplada a modernização da empresa para
torná-la mais ágil, competitiva e sustentável, gerando não apenas benefícios
para a sociedade como também resultados para o seu acionista controlador: o
Tesouro Nacional. É o mínimo que se espera de qualquer empresa que se proponha
a prestar serviços de qualidade.
Especular
prematuramente a respeito de números sem conhecer o projeto de remodelagem da
rede de atendimento não é apenas irresponsável e leviano: é uma prestação,
antes de mais nada, de um desserviço ao cidadão. As conclusões alcançadas pelos
estudos necessários a este projeto somente serão divulgadas após a exaustiva
avaliação interna dos Correios e externa pelos órgãos competentes, processo
este ainda em curso.
Carlos
Roberto Fortner
Presidente dos Correios
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