segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Em janeiro pirajuenses já pagaram mais de R$1,5 milhão em impostos

Em janeiro pirajuenses já pagaram mais de R$ 1,5 milhão em impostos 

Imposto por produto no prato do brasileiro

   De acordo com o impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, até o dia 23 de janeiro, os pirajuenses já tinham pago 970 mil em impostos. O resultado da divisão deste montante por 23 indica que em Piraju, cerca de R$ 42 mil são pagos em impostos todos os dias.
   E o impostômetro não para. Dia e noite os valores são alterados continuamente porque a cada compra que é feita no município é monitorado quanto se paga de imposto em Piraju e em todo o Brasil.
   E como todo brasileiro, o pirajuense sabe muito pouco dos impostos que paga em cada produto que consome. Numa pesquisa encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) ao instituto Ipsos, mil pessoas em 70 cidades espalhadas pelo Brasil foram entrevistas e os resultados não chegaram a surpreender a Fiesp.
   O resultado mostrou que a maioria da população até tem conhecimento de que paga impostos sobre produtos de consumo doméstico, como alimentos, artigos de limpeza, e serviços essenciais, como energia elétrica, mas, não faz a menor ideia de quanto paga de tributos sobre cada mercadoria ou serviço. Principalmente o valor dos tributos invisíveis, aqueles que já vem embutido no preço final das mercadorias que compramos no dia a dia e, que representam mais de 40% da carga tributária no País.
   Para se ter uma ideia de quanto pagamos de imposto no cotidiano, basta ver a porcentagem de tributos que pagamos num prato de comida consumido pelos brasileiros, composto de feijão (17,24%), Arroz (17,24%), batata (11,22%), ovo (20,59%) e bife (29%). Se quiser uma salada a mordida do leão é ainda maior. Tomate (16,84%) e alface (11,78%).
   Se você se assustou com os índices de impostos destes itens vai cair das pernas quando souber que, ao comprar uma máquina de lavar, por exemplo, paga 55% e mais 32,25% no sabão em pó.  A cachaça tem uma das mais altas taxas de imposto que é de 81, 87%, assim como o cigarro com 80,42%.   Os combustíveis também machucam o bolso, já que a mordida do leão encarece os produtos. Nestes itens são cobrados o ICMS, COFINS e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), imposto exclusivo para os combustíveis. Pelo álcool combustível pagamos 25,86% e, pela gasolina em 53,03%.
   Os impostos que incidem sobre esses produtos são o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) entre outros. É claro que todos esses impostos não são cobrados em todos os produtos, mas em alguns pelo menos três contribuem para sangrar o bolso do brasileiro.
   O IPI e o ICMS cobrados podem ser alterados de acordo com a política de desoneração do governo. Carros, por exemplo, têm o ICMS em São Paulo fixo em 12%, independentemente se o carro é popular ou um conversível de luxo.
   Os tributos também podem variar dependendo do entendimento do governo sobre o que é supérfluo ou essencial. Quanto mais supérfluo maior a taxa de imposto e vice-versa. E é aí que mora o perigo, já que há produtos que, mesmo não sendo mais supérfluos, devido a mudança de comportamento e circunstâncias no mundo moderno, ainda sofrem tributação excessiva.  O forno micro-ondas é um exemplo disso. Quando a novidade chegou ao Brasil era considerado artigo de luxo e, portanto, mais caro. Hoje, tem 30% de IPI, mas é um item extremamente necessário na maioria das casas brasileiras.
E há ainda outras distorções.
   Os remédios são itens necessários, mas a taxa de imposto sobre estes produtos é de 33%.
    Enquanto isso, alheios a tudo o que pagam em impostos, os brasileiros seguem carregando uma das mais pesadas cargas tributárias do mundo, e o que é pior, sem ter o que pagam, de volta em retorno para seu bem-estar. Em 2017, até o dia 6 de dezembro, os brasileiros pagaram mais de R$ 2 trilhões em impostos alcançando esta marca, 23 dias antes que em 2016. Isso indica que os brasileiros estão pagando um volume maior de impostos a cada ano.
   E o que é pior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o Brasil não é o país com maior carga tributária, mas está no fim da fila dos que devolvem os tributos em benefícios aos contribuintes.







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