terça-feira, 22 de maio de 2018

Caminhoneiros paralisam Raposos Tavares em trevo de Piraju



Greve de caminhoneiros afeta e região. Em Piraju, a greve paralisou o tráfego de caminhões no trevo da Raposo
Tavares próximo ao antigo posto Andriela. 
Um grupo de caminhoneiros paralisaram o tráfego de caminhões na rodovia Raposo Tavares na altura do trevo do antigo posto Andriela em adesão à greve da categoria que acontece em toda as estradas brasileiras.
Na paralisação, os caminhoneiros que trafegam pelo local são abordados e convidados a participar da greve que, nesta terça-feira (22) durou até as 17h. Após esse horário, os que estavam carregados podiam seguir viagem. Todos os motoristas estacionaram suas carretas e caminhões no pátio do posto que chegou a ter quase 150 veículos pesados.
Carros de passeio, de passageiros e caminhões com carga
perecível tinha passagem livre
A greve foi realizada de forma tranquila e pacífica. Apenas os motoristas de caminhões eram abordados. Carros de passeio, empresas, caminhões com carga perecível e ônibus puderam trafegar normalmente. Alguns motoristas que não queriam parar entraram em Piraju, talvez buscando um desvio, mas em todos os trevos da rodovia Raposo Tavares em Bernardino de Campos, Ourinhos, Taquarituba, Itaí e Avaré haviam manifestantes.
Segundo informou um dos caminhoneiros que comandava a paralisação em Piraju, a situação do país está tão preocupante que até mesmo as empresas de transporte estão apoiando a greve.
Nenhuma carga está sendo liberada. A Polícia Militar Rodoviária, também apoiou o movimento disponibilizando três viaturas para ficar no local garantindo a segurança dos motoristas grevistas e dos que trafegavam pelo local na hora paralisação.
Caminhoneiro de Piraju já chegou a gastar R$ 15 mil em
pedágio num único mês.
Com apoio do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Ourinhos, a greve é uma forma de chamar a atenção das autoridades para os principais problemas que afetam o trabalho dos caminhoneiros que são o alto preço do combustível (óleo diesel) e a cobrança do eixo erguido nos pedágios.

De acordo com Wilson Roberto, caminhoneiro de Piraju que, há 41 anos, vive na estrada, além do alto preço do combustível, a cobrança do eixo erguido, que só acontece nos pedágios das rodovias estaduais é outro fator que desgasta o trabalho do caminhoneiro. Wilson conta que há meses que o gasto com pedágio por conta da cobrança de todos os eixos é absurdo.   

“Eu faço o percurso Ourinhos a Santos e gasto R$ 730,00 só de pedágio por conta da cobrança do eixo erguido. Num único mês já cheguei a gastar R$ 15 mi, só de pedágio. Tem mês que chega a sair água dos olhos”, lamentou o caminhoneiro que participou da greve que, de acordo com os organizadores vai continuar até o governo se manifestar.


Petrobras anuncia queda nos preços da gasolina e do diesel

E a movimentação dos caminhoneiros em todo Brasil já começa a mostrar resultados positivos. A partir de amanhã (23), a gasolina e o óleo diesel ficarão mais baratos nas refinarias de todo o país. Informações divulgadas hoje (22) no site da Petrobras indicam que o preço da gasolina cairá 2,08% e o do diesel, 1,54%.
A queda no preço da gasolina ocorre depois de 11 aumentos consecutivos nos últimos 17 dias e de o preço do produto ter fechado os primeiros 21 dias do mês de maio com alta acumulada de 16,07%. Com a queda de 2,08% que entra em vigor amanhã, o preço da gasolina nas refinarias cairá para R$ 2,0433.
No caso do diesel, com a queda de 1,54%, após sete aumentos consecutivos, o produto passará a custar a partir de amanhã nas refinarias R$ 2,3351. O diesel acumula desde o dia 1º de maio alta de 12,3%.
A queda de preços anunciada hoje pela Petrobras se dá um dia depois de a companhia ter informado mais um aumento nas refinarias de todo o país nos valores do diesel, que subiu 0,97%, e nos da gasolina, com alta de 0,9%.
No mesmo dia, mais cedo, caminhoneiros de todo o Brasil, iniciaram uma greve geral contra os aumentos do diesel, o que levou à paralisação dos transportes de carga e ao bloqueio de rodovias em vários estados.

Ainda ontem (21), o governo convocou uma reunião, no Palácio do Planalto, em caráter de emergência, para discutir a alta dos combustíveis. Participaram do encontro o presidente Michel Temer, os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Minas e Energia), Eduardo Guardia (Fazenda) e Esteves Colnago (Planejamento) e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.
O aumento dos preços dos derivados voltou a ser discutido hoje em Brasília. Os ministros Eduardo Guardia e Moreira Franco se reuniram com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, no Ministério da Fazenda. Após o encontro, Parente afirmou que a redução dos preços da gasolina e do diesel, anunciada hoje, foi tomada em função da queda do dólar ontem.
Há discussões no governo sobre a possibilidade de redução da cobrança de tributos sobre os combustíveis. Existem situações em que a composição de impostos chega a quase a metade do valor final do preço da gasolina e do diesel nas bombas de todo o país.

Segundo a Petrobras, os aumentos são consequência das oscilações do preço do barril do petróleo no mercado externo. De acordo com a estatal, “os combustíveis derivados de petróleo são commodities e têm seus preços atrelados aos mercados internacionais, cujas cotações variam diariamente, para cima e para baixo”.
A companhia destacou que a variação dos preços nas refinarias e terminais é importante para que a empresa possa competir de forma eficiente no mercado brasileiro.


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