Empresas de facção em Piraju se desdobram para qualificar mão de obra
Para poder continuar investindo num dos segmentos que mais oferece oportunidade para criação de micros e pequenas empresas, os empresários que atuam no ramo de confecção em Piraju, estão sentindo a necessidade de qualificação de mão de obra para o setor de facção ou prestação de serviços de corte, costura e acabamentos direcionados para as indústrias de vestuário. A saída encontrada por alguns empresários locais foi firmar parceria com a Prefeitura e o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai) para formação de cursos específicos para qualificação de funcionários. Nesta parceria, a Prefeitura forneceria uma cesta básica e as máquinas para serem utilizadas pelo curso. O know how, além do pagamento do instrutor do curso ficaria ao encargo do Senai. Já empresa conveniada, forneceria toda infra-estrutura para realização do curso e a responsabilidade de empregar os alunos formados.
Uma dessas empresas é a Pirajeans que, apesar de estar em franco desenvolvimento e com projeção para aumentar a oferta de emprego em Piraju, tem esbarrado nas dificuldades que está enfrentando para qualificar mão de obra. Mesmo tendo firmado convênio com o Senai e a Prefeitura, os proprietários da empresa lamentam o fato do poder público de Piraju ter limitado sua participação na parceria concedendo apenas sete máquinas para treinamento dos alunos fazendo com que a participação da Prefeitura seja mínima, já que o Senai só ministra cursos com pelo menos 12 participantes.
Para poder contar com funcionários qualificados, uma exigência do mercado, a Pirajeans investiu além de sua parcela no convênio, as máquinas para treinar os funcionários e nesta semana entregou juntamente com o Senai o certificado de qualificação profissional para 30 alunos, que já estão empregados e produzindo na empresa que começou com apenas 40 funcionários. Hoje, aos 2 anos de existência, a Pirajeans conta com 180 empregados com registro em carteira e piso salarial da categoria.
Apesar de não ter conseguido apoio da Prefeitura, os proprietários da Pirajeans insistem em continuar formando profissionais e já no início de junho, mais um grupo de 15 alunos devem iniciar um novo curso que será ministrado na empresa pelo Senai. A meta é formar pelo menos 100 profissionais até o fim do ano.
Numa previsão otimista, já que a facção é uma atividade que vem sendo cada vez mais requisitada em função das estratégicas das empresas de confecção que buscam reduzir seus custos terceirizando de partes do processo produtivo, os empresários da Pirajeans que apostaram em desenvolver esta atividade em Piraju pretendem absorver os funcionários formados pelos cursos, mas gostariam de contar com uma participação mais efetiva da Prefeitura fornecendo máquinas e custeando pelo menos parte do aluguel do barracão enquanto são ministrados os cursos.
O diretor administrativo da Prefeitura de Piraju, Ronaldo Adão Guardiano, declarou esta semana que a Prefeitura não tem recursos para fornecer as máquinas ou qualquer outra reivindicação dos empresários, mas disse que a “Prefeitura vai estudar a possibilidade” para o segundo semestre. Mesmo sem saber se vai ou não poder contar com o Poder Público de Piraju, a Pirajeans continua investindo. “Já desistimos de pedir apoio para a Prefeitura para gerar emprego em Piraju”, disse um dos diretores da empresa.
Além de qualificar mão de obra e gerar empregos em Piraju, a criação de empresas como a Pirajeans ajuda o desenvolvimento da cidade em outros setores. Para poder entrar em funcionamento, a empresa teve que importar profissionais para atividades específicas do setor que ainda não existia no município. Com isso a cidade ganhou novos cidadãos que pagam impostos, alugueis e consomem no comércio local. Uma participação mais efetiva da Prefeitura apoiando a iniciativa privada poderia desenvolver esta atividade que, segundo alguns indicadores mercadológicos está em constante crescimento, poderia gerar empregos e renda em Piraju.
2 comentários:
Realmente mão de obra nesta área em Piraju é muito precária, faltam profissionais qualificadas e as que tem são pouquíssimas . Uma pena já que existem muitos caciques para poucos índios !
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