segunda-feira, 2 de abril de 2018

Concessão do terminal rodoviário de Piraju vai até 2055

Prazo do contrato de concessão da Rodoviária 
vai até o ano de 2055
Terminal rodoviário de Piraju não atende necessidades dos usuários
Contrato de concessão de direito de exploração da Estação Rodoviária de Piraju assinado em maio de 1975 entre a Prefeitura através do prefeito, o médico, José Ribeiro e, o também médico, Antônio Pompeu de Souza Brasil, tem período de vigência de 80 anos e vai até o ano de 2055.
Em maio de 1994, na gestão de Geraldo Pansanato, o direito de concessão foi transferido para Pares Ferreira Pompeu de Souza Brasil, filho de Antônio Pompeu e, o prazo de vigência do contrato, pelo prazo de 80 anos, foi ratificado.
Isso significa que, pelos próximos 37 anos, os serviços relacionados a compra e venda de passagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais, transporte de encomendas e outros prestados pela rodoviária continuarão sendo de responsabilidade da mesma família.
O longo período de vigência não seria problema se o volume de reclamações sobre as condições do prédio da rodoviária e da prestação de alguns serviços não fosse tão grande.
E a situação não vem de agora. Em 9 de janeiro de 2013, após inspeção da Vigilância Sanitária e do Departamento de Engenharia no ano de 2011, quando se verificou a necessidade de adequação do prédio às novas necessidades dos usuários, foi elaborado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Prefeitura e Pares Ferreira para regularizar as situações apontadas.
A Vigilância Sanitária (VISA) e o Departamento de Engenharia, verificaram várias irregularidades como: paredes sem revestimento e cores adequadas, sanitários com vasos sanitários sem assento, válvulas quebradas, entupidos, iluminação deficiente, fiação exposta, vidros quebrados infraestrutura com amarração comprometida, calhas danificadas e classificou a área como insalubre por falta de ventilação.
Ainda de acordo com os órgãos fiscalizadores, o prédio não tinha acessibilidade para deficiente, caixa de distribuição elétrica irregular, sem armário e prateleira na área de serviço, ralos insuficientes e alguns sem tampa de proteção, o bebedouro que existia na área externa com água da rede pública não tinha filtro, a caixa de inspeção da rede de esgoto sem tampa, não havia lixeiras na área de embarque e na lanchonete também foram encontradas situações que comprometem boa prestação de serviço ao público.
De acordo com a empresa de arquitetura contratada pelo concessionário, as adequações teriam terminado, parcialmente, em outubro de 2013.
No ano passado, em resposta a um requerimento do vereador Leonardo Tonon, o advogado Sérgio Assaf Guerra, diretor do Departamento de Relações Institucionais, afirmou em fevereiro de 2017 ao Departamento Administrativo que o concessionário deveria ser notificado a apresentar informações sobre as adequações solicitadas através do TAC.

“Devido a inexistência de quaisquer informações do concessionário nestes autos, conforme definido na Cláusula Terceira do compromisso de ajustamento, entendo que a empresa deve ser notificada a apresentar o relatório detalhado de todas as obras realizadas, conforme resumo dos serviços a serem realizados”, diz o documento encaminhado pelo diretor do DERIN.
Em visita ao prédio da rodoviária, a reportagem do Jornal Piraju Regional News, constatou que algumas situações do local podem prejudicar a qualidade dos serviços prestados. As paredes de material metálico tornam a temperatura interior do prédio quase que insuportável o que incomoda os passageiros que aguardam para embarcar. Os bancos colocados na plataforma de embarque e desembarque, focam expostos ao sol forte do período da tarde. Na parte de cima, do lado de fora da rodoviária não há bancos.
A temperatura deve ser o maior problema a ser enfrentado para melhorar a rodoviária para os próximos anos devido aos níveis de calor dos últimos anos que vem aumentando a cada ano. Em 2014, cidades do interior do Estado de São Paulo registraram de temperaturas de 40° centigrados nos últimos 50 anos, segundo apontou o jornal Folha de São Paulo em matéria veiculada em sua edição de 14 de outubro de 2014.
Os pombos também se tornaram um problema. As fezes do grande número de aves que buscam guarida nos espaços abertos no teto e paredes da rodoviária são encaradas pelos usuários como um potencial risco a saúde. A Criptococose é a principal doença transmitida pelos pombos, que contamina as pessoas através da inalação de fungos que estão presentes nas fezes deste animal. A histoplasmose, salmonelose são outras doenças ligadas aos pombos que preocupam os usuários e população que mora nas proximidades do terminal rodoviário de Piraju.
Há ainda o problema da localização do terminal que hoje faz com que os ônibus percam muito tempo para entrar e sair da cidade, devido ao relevo peculiar de Piraju. Este  poderia ser um dos principais motivos de o município não contar com mais linhas de empresas cujos ônibus trafegam pela rodovia Raposo Tavares.  Alguns passageiros da empresa Andorinha, por exemplo,  precisam pegar o ônibus no Posto Jurumirim.

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