terça-feira, 3 de abril de 2018

População cobra obras para evitar alagamento e inundação

Chuva e falta de obras castigam Piraju
              Será que vai acontecer de novo?
Avenida Humberto Martignoni



As águas das fortes chuvas, comuns nesta época do ano e a falta de dispositivos eficazes de captação e destinação das águas pluviais continuam castigando moradores, comerciantes e até mesmo as ruas de Piraju. Foi o que aconteceu na semana de 19 a 25 de março quando chuvas fortes caíram em Piraju e revelaram a fragilidade do sistema de escoamento das águas da enxurrada.
São dois os problemas principais em época de chuva forte. O primeiro e, o mais grave, é o aumento do volume de água do ribeirão Boa Vista que tem colocado em risco bens materiais e a vida das pessoas que moram nas casas na região da Vila Nova América. A chuva de quarta-feira (21), invadiu algumas casas na Vila Nova América e quase levou embora uma pinguela de acesso a uma residência.
Outro problema, que já existia e voltou a acontecer é o alagamento na Avenida Humberto Martignoni com as Ruas Ana Delfino de Castro e Rua Jovem Paulo Sérgio Latari onde a enxurrada quase entrou em algumas casas comerciais daquela região.
Caminho das águas que vem da rodovia Thomaz Magalhães
O motivo destes problemas já é conhecido e vem de administrações passadas que não cobraram a realização de galerias de águas pluviais das empresas responsáveis pelos loteamentos. A impermeabilização do solo, seja pela construção de casas, calçadas ou asfalto das ruas, faz com que toda a água da enxurrada corra com força sobre a pavimentação das ruas retirando a capa asfáltica.

O aumento das águas do ribeirão Boa Vista, por exemplo, é causado pelo grande volume de água que vem desde a Codespaulo que se junta com as águas que escorrem pela rodovia Engenheiro Thomaz de Magalhães e da Avenida Vereador Milton Spínola. Se o Departamento de Estrada de Rodagem (DER) fizesse a captação dás aguas que correm ao longo da estrada e as direcionasse para a região da Água da Chácara, o problema seria minimizado. Sem ter qualquer direcionamento, as águas vão parar no ribeirão que está com seu leito assoreado.

Para aumentar o problema, a Sabesp também não colabora e tapa de qualquer jeito os buracos que faz após a ligação de água e esgoto.  Foi o que aconteceu na residência do casal Sônia e Sérgio Rodrigues, que fica na rua atrás da concessionária da Fiat. A água que desce com força por cima do asfalto, retirou a frágil camada de concreto e o jogou junto com terra dentro do imóvel.
O alagamento da Avenida Humberto Martignoni tem também como causa a ineficiência do sistema de capitação de água pluvial da Avenida São Sebastião. Na Avenida Humberto Martignoni há galeria de água pluvial, mas não consegue absorver o volume que chega até ali vindo do bairro Maria Gonçalves da Motta, rodovia Engenheiro Thomaz de Magalhães e Avenida Vereador Milton Spínola.

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